quinta-feira, 7 de abril de 2011

Jeeps na FEB I

Com sua entrada na 2ª Guerra Mundial em 1942, o Brasil passou a receber armamentos e suprimentos dos aliados, inclusive jeeps americanos em grande quantidade, que rapidamente integraram-se à cena brasileira. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) dispôs na Itália de 655 jeeps que entraram em combate em muitas missões. Contrariamente aos jeeps dos Estados Unidos e Canadá (os únicos dois outros países do continente americano que mandaram forças para efetivo combate na 2ª Guerra), muitos voltaram ao Brasil com o fim da guerra, continuando em atividade nos quartéis do Exército em todo o país. Desmobilizados, após bastante tempo de serviço, vários deles ainda rodam na mão de civis e colecionadores.


 Alunos da Escola de Motomecanização do Exército Brasileiro com seu jeeps em 1943


Rendição dos alemães em Collechio-Fornovo, Itália, em 29 de abril de 1945 e mostra os feridos alemães sendo transferidos das ambulâncias germânicas para as brasileiras

 À frente da ambulância Dodge WC-54 da FEB, está o Tenente Médico Lázaro Rubim

 Membro da resistência italiana mostra a oficiais brasileiros posições alemãs em um mapa sobre o capô de um jeep da FEB.

 Grupo de soldados brasileiros, em um dos 13 blindados Ford M-8 da FEB, é recebido entusiasticamente pelos habitantes da cidade italiana de Massarossa, recém libertada.

 Um jeep de uma unidade brasileira, pronto para sair em missão de patrulha na Itália. 

 O general Mark Clark, comandante do V Exército americano e o General Mascarenhas de Moraes, comandante da FEB, estudam os mapas de operações, na Itália.

 O general Mascarenhas de Moraes (3º da esquerda para a direita) no MB batizado de Liliana em homenagem à sua neta. (foto do Exército Brasileiro)

O general Mark Clark, comandante dos aliados na Itália, passa em revista as tropas brasileiras. (foto do Arquivo Nacional)

 Jeep Willys MB, de patrulha brasileira, em estrada italiana. (foto do Arquivo Nacional)

 Recém-chegadas da Itália, após o fim da Guerra, as tropas do 6º Regimento de Infantaria fazem o desfile da vitória em São Paulo, passando em frente à Estação da Luz. (foto da Associação dos Ex-Combatentes - SP)

 Paschoal Borelli (primeiro à direita) e outros soldados brasileiros da FEB, posam em frente ao seu Jeep, na Itália, em 1944.

 Alessandria, Itália, 1944.


 As fotos acima, enviadas pelo Ricardo D'Avila, foram tiradas nos Apeninos pelo tio dele, veterano da 2ª Guerra, o então tenente Olavo Oliveira, que comandou um pelotão da FEB na Itália. O jeep acima é o "De Lurdes", que o Ricardo está pretendendo replicar. Ótimas fotos para se observar as marcações da época.

 Foto publicada na revista da época "Esquadrilha" e mostra um Jeep Willys MB 1942 desfilando na parada de 7 de Setembro de 1942. Interessante notar os capacetes dos soldados, ainda do estilo antigo. Pode-se observar, ainda, ser um jeep da primeira série, pois não possui o galão de gasolina traseiro e  o farol de black-out do paralamas dianteiro, que passaram a equipar os jeeps fabricados a partir de julho de 1942.
 Foto tirada em Montese, o jeep segue em direção ao campo de batalha, o cabo Sílvio (de capacete) ocupa seu posto junto ao equipamento de rádio.

 A foto acima, à esquerda, mostra o cabo Sílvio Cavalcanti (em pé ao lado do motorista) no jeep "Celina" equipado como rádio-estação, após passarem por ponte quase destruida em Piacenza.

Cabo Sílvio e o motorista do jeep em patrulha.

Foto enviada por Paulo Pinotti de Almeida, tirada na região de Monte Castelo, na Itália, em que aparecem o seu tio-avô, Sgto. Roberto Bugelli e colegas da Seção de Informações do 1º Batalhão do 6º R.I. da FEB. O Sgto. Bugelli é o segundo a partir da direita da foto e o seu oficial comandante, Ten. José Piason é o primeiro (em pé). O jeep, batizado de "Macaca", levava o número FEB 506.

Ao lado do seu jeep, o (então tenente) Cel. Sérgio Pereira (de óculos). 

  Nossos pracinhas posam ao lado de seu jeep da Polícia do Exército (então chamada Policia Militar). 

 Um dos 12 incomuns jeeps-ambulância da FEB. Notar também a barra fixada no parachoques, destinada a proteger os ocupantes contra arames esticados pelo inimigo nas estradas. 

Dois soldados brasileiros no jeep e um interessante acessório, a barra vertical, muito usada pelos aliados para se previnir contra uma eficaz armadilha do inimigo, arames esticados nas estradas que freqüentemente decapitavam os ocupantes menos atentos dos veículos. Essa haste tinha em sua extremidade uma reentrância afiada para onde o arame corria e era então cortado. 

O Presidente Franklin D. Roosevelt (frente), dos Estados Unidos, e o Presidente Getúlio Vargas (atrás), do Brasil, acompanhados de oficiais de ambos os países, a bordo de um Jeep Willys MB 1942, inspecionam a estratégica base militar de Natal, Rio Grande do Norte, na escala de retorno do Presidente Roosevelt da Conferência Aliada de Casablanca, em 29 de Janeiro de 1943, em direção ao seu país. Esta foto inspirou uma famosa tela de Raymond Nelson.
Desfile da vitória em Piacenza. No palanque estão os generais Mascarenhas de Morais e Zenóbio da Costa.

Jeeps na FEB II

Fotos enviadas por David Rosal Gabriel, veterano do heróico Primeiro Grupo de Aviação de Caça da FAB durante a Segunda Guerra Mundial, considerado pelos seus colegas como o arquivo vivo do 1ºGAvCa.
Segundo ele, "No nosso 1º Grupo de Aviação de Caça, o JEEP foi um grande amigo, não só dos pilotos como de todo o pessoal de apoio, transportando pessoal, munições e peças de reposição, a qualquer hora, com qualquer tempo enfrentando qualquer terreno, sem reclamar." O David Gabriel tem um belo site dedicado aos feitos do 1ºGAvCa, com histórias interessantíssimas da época, cuja URL é http://www.sentandoapua.com.br/ . Vale a pena conhecer.



Dizem que cavalo não sobe escada, mas o jeep da FAB desce, como podemos comprovar nesta foto tirada em Firenze, Itália, durante a Segunda Guerra.


 Um dos 10 jeeps que a FAB dispunha na Itália, em manutenção na Base de Tarquinia


 Este Ford Sedan Fordor 1941, mod. 11AS-73C, era o staff-car utilizado pelo comando da FAB na Base de Pisa.


Dodge WC-51 configurada como veículo de socorro do Hospital da Força Expedicionária Brasileira - FEB, em Livorno.

Ida a vila dos sobreviventes da 2ª Guerra Mundial

Fomos á casa do ex-combatente da FEB, Raul Carlos Santos no dia 6 de abril. Fomos recebidos pela sua filha, Leila. Raul Carlos é presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB Regional. Foi para a Segunda Guerra Mundial pelo 11ª RI. A FEB foi incorporada ao exército americano.
As pessoas que faziam parte da elite foram às ruas pedindo para que o Brasil entrasse na guerra, sendo que os que foram eram soldados de origem humilde.
Os soldados que se alistaram foram submetidos a vários exames, como de saúde e capacidade física. Só os excepcionais, ou seja, a classe E, foram chamados. Quem recusasse o chamado era considerado foragido e iria preso.
Sr. Raul conta que os navios eram enormes. “Podia faltar tudo, menos comida”, conta. Eram dez mil pessoas no navio, e os porões cabiam trezentas pessoas. Todas as noites, eles eram trancados por fora, para que caso houvesse ataque, só aquela parte do navio seria atingida.
Os soldados não sabiam onde desembarcariam, só souberam quando chegaram ao Porto de Nápoles, na Itália. Lá, o exército da FEB sentiu frio intenso, -18ºC. Muitos ficaram com pé de trincheira, por seus pés ficaram desprotegidos contra o gelo, a circulação parava, causando assim a amputação do mesmo. Com o ‘’jeitinho brasileiro’’ os soldados colocavam feno na galocha.


Algumas fotos do encontro























sábado, 2 de abril de 2011

Perdas navais brasileiras na Segunda Guerra Mundial

Navio / Tonelagem                      Data / Posição

1 - Buarque - 5152ton                15.02.1942 / 36º35’N 75º20’W
2- Olinda - 5085ton                    18.02.1942 / 37º30’N 75º00’W
3- Cabedelo - 3357ton               25.02.1942 / 16º00’N 49º00’W
4 Arabutan - 7874ton                  07.03.1942 / 35º15’N 73º55’W
5- Cairu - 5152ton                       09.03.1942 / 39º10’N 72º02’W
6- Parnaíba - 6692ton                  01.05.1942 / 10º12’N 57º12’W
7- Cmt Lira - 5052ton                  18.05.1942 / 02º59’N 34º10’W
8- Gonçalves Dias - 4996ton         24.05.1942 / 16º09’N 70º00’W
9- Alegrete - 5970ton                   01.06.1942 / 13º40’N 61º30’W
10- Pacacuri - 300ton                   05.06.1942 / 17º30’N 68º34’W
11- -------------------------------------------------------------
12- Pedrinhas - 3666ton              26.05.1942 / 23º07’N 62º34’W
13- Tamandaré - 4942ton           26.06.1942 / 11º34’N 60º30’W
14- Piave - 2547ton                   28.07.1942 / 12º30’S 55º47’W
15- Barbacena - 4772ton           28.07.1942 / 13º10’N 56º00’W
16- Baependi - 4801ton             16.08.1942 / 11º50’S 37º00’W
17- Araraquara - 4871ton          16.08.1942 / 12º00’S 37º09’W
18- A. Penévolo - 1904ton         16.08.1942 / 11º41’S 37º21’W
19- Itagibe - 2055ton                 17.08.1942 / 13º20’S 38º40’W
20- Arará - 1075ton                  17.08.1942 / 13º21’S 38º49’W
21- ---------------------------------------------------------
22- Jacira - 89ton                       19.08.1942 / 14º30’S 38º40’W
23- Osório - 2370ton                28.09.1942 / 00º13’N 47º47’W          
24- Lajes - 5578ton                  28.09.1942 / 00º13’N 47º47’W
25- Antonico - 1243ton            28.09.1942 / 06º17’N 52º35’W
26- Porto Alegre - 5187ton      03.11.1942 / 35º27’S 28º02’W
27- Apalóde - 5766ton            22.11.1942 / 13º11’N 54º39’W
28- Brasióide - 6076ton          18.02.1943 / 12º38’S 37º57’W
29- Afonso Pena - 3539ton     02.03.1943 / 16º14’S 36º03’W
30- Tutoia - 1125ton               01.07.1943 / 24º40’S 47º05’W
31- Pelotaslóide - 5228ton      04.07.1943 / 00º27’S 47º36’W
32- Bagé - 8235ton                01.08.1943 / 11º29’S 36º58’W
33- Itapagé - 4965ton              26.09.1943 / 11º29’S 35º45’W
34- Cisne Branco - 299ton     28.09.1943 / costa brasileira
35- Campos - 4663ton          23.10.1943 / 24º07’S 43º50’W
36- Vital de Oliveira - 1300ton    20.07.1944 / 22º29’S 45º09’W
37- Corveta Camaquã            21.07.1944 / Fernando Noronha  
38- Cruzador Bahia                  04.07.1945 / costa brasileira



sexta-feira, 1 de abril de 2011

Armas usadas pelo Brasil na 2ª guerra mundial

Todas as armas utilizadas pela FEB na Itália eram de procedência norte-americana, substituindo as de fabricação francesa, alemã e tcheca que eram usadas até então pelo Exército Brasileiro. O fuzil-metralhadora Hotchkiss foi substituído pelo fuzil-metralhadora Browning (conhecido no exército norte-americano como BER, sigla de Browning Automatic Rifle). Outras armas recebidas foram as submetralhadoras Thompson e M3, algumas submetralhadoras inglesas Sten e as carabinas M1, de calibre ponto 30.
Houve certa decepção por parte dos brasileiros quando receberam as armas de procedência norte-americana: havia poucos fuzis M1 Garand, modelo que era de uso comum entre as unidades norte-americanas de infantaria. Assim, a maioria dos brasileiros seguiu para o combate com fuzis Springfield 1903 A3, modelo que datava de antes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Durante as batalhas, alguns brasileiros obtiveram fuzis M1 Garand que pertenciam a colegas norte-americanos mortos ou feridos                                        


                                                       Fuzil-Metralhadora Browning


Submetralhadora Thompson 


Submetralhadora M3



Submetralhadora Sten


Carabina M1


Fuzil Springfield 1903 A3